domingo, julho 03, 2005

Mineração
"Tenho o oiro e não posso
Arrancá-lo do cerne da montanha!
O filão de lirismo é um verso esquivo
Que atravessa a dureza do granito.
Rompo, perfuro dia e noite, e apenas
Cavo mais funda a própria sepultura...
Toupeira cega, mas obstinada,
Vou morrendo na luta
Que desejava ver iluminada."


Miguel Torga

4 comentários:

lb disse...

Só agora descobri este teu blogue!

Isabela Figueiredo disse...

A poesia é quase sempre, para mim, o mundo perfeito. Por exemplo (copiei lá de baixo):

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Rui MCB disse...

Obrigado pelas visitas :-)

E obrigado pela "resposta" Isabela.

unknown disse...

está linda a imagem....tá muito giro o novo grafismo..muito bem..bj voltarei cá